terça-feira, 30 de novembro de 2010











                                            
A  Águia e a Galinha
Uma metáfora da condição humana
(Leonardo Boff)
                 
  Era uma vez um camponês que foi a floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Coloco-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
 - Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
 - De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha.
Ela não é mas uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
 - Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar ás alturas. - Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.  Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que você de fato é uma águia,  já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou: 
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha! 
- Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. 
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe: 
- Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe! 
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. 
O camponês sorriu e voltou à carga: 
- Eu lhe havia dito, ela virou galinha! 
- Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração  de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez. Amanhã a farei voar. 
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: 
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe! 
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. 
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre se mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento..

Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus!  Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso,  abramos as asas e voemos . Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

 
SEJAM BEM VINDOS!

Eu aqui imaginando que todos vocês que entrarem nesse blog são formigas, pois desde há muito tempo ouço dizer que “conscientizar é um trabalho de formiguinha”, então formigas, desejo que nossa Associação seja cada vez mais conhecida e independente, pois nosso objetivo é a inclusão social do deficiente através da conquista de políticas públicas e que nunca percamos o foco de que nossa organização contribui para a construção de um mundo melhor para todos.
Beijos fraternos!

Maria Helena Mozena
25 de agosto de 2009.